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O Marquês de Carabás fez o que seu Gato lhe aconselhou, sem saber o que isso lhe traria de bom. Enquanto se banhava, o Rei passou por perto, e o Gato começou a gritar com toda a força: "Socorro! Socorro! Meu Senhor, o Marquês de Carabás, está se afogando!" Ao ouvir o grito, o Rei olhou pela janela da carruagem e, reconhecendo o Gato que tantas vezes lhe trouxera caça, ordenou aos seus guardas que corressem em socorro de meu Senhor, o Marquês de Carabás. Enquanto tiravam o pobre Marquês do rio, o Gato foi até a carruagem real e contou ao Rei que, enquanto seu senhor se banhava, alguns ladrões vieram e roubaram suas roupas, embora ele tivesse gritado "Pare, ladrão!" o mais alto que pôde. O próprio ladrão as havia escondido sob uma grande pedra. O Rei imediatamente ordenou aos oficiais de seu guarda-roupa que fossem buscar um de seus ternos mais elegantes para meu Senhor, o Marquês de Carabás. O Rei o abraçou mil vezes, e como as belas roupas com que o vestiam realçavam sua bela aparência — pois ele era bonito e bem-feito — o Marquês de Carabás se apaixonou pela filha do Rei, e depois de lançar dois ou três olhares respeitosos e um tanto ternos para ela, ela se apaixonou perdidamente por ele. O Rei insistiu para que ele entrasse na carruagem e os acompanhasse na viagem. O Gato, encantado ao ver que seus planos começavam a dar certo, correu à frente e, ao encontrar alguns camponeses que ceifavam um prado, disse-lhes: "Vocês, boa gente, que estão ceifando aqui, se não disserem ao Rei que este prado que estão ceifando pertence a meu Senhor, o Marquês de Carabás, serão todos cortados em pedaços tão pequenos quanto carne moída." O Rei não deixou de perguntar aos camponeses de quem era o prado que estavam ceifando. "Pertence a meu Senhor, o Marquês de Carabás", disseram todos juntos, pois a ameaça do Gato os assustara. "Você tem uma bela propriedade lá", disse o Rei ao Marquês de Carabás. A cortina caiu pela segunda vez sob aplausos ainda mais calorosos; e a longa espera entre os atos foi esquecida em meio a discussões e aprovações. As pessoas mais ricas da cidade ajudaram Edith com seus trajes e propriedades, para que cada centavo da receita pudesse ser economizado para o grande propósito. Eles trouxeram todos os seus estoques de tecidos ricos, rendas finas, joias e ornamentos para os pequenos pantomimeiros; e o efeito foi fascinante.